sábado, 31 de julho de 2010

Meu amor ....


E, de repente, me vejo com 33 anos e muito sozinho no meu íntimo. Era 1998. Muitos amigos, festas, churrascos, boites, alguns relacionamentos e tudo que tinha direito, mas esse tudo era pouco ou nada, prá ser sincero.

Vivia com meus pais e convivia com a solidão. Tinha até minhas pirações de solteirão daquelas que eu não era bom em nada para chamar a atenção de alguém ou aquelas em que eu questionava Deus do porque eu não encontrava ninguém. Minha família dizia que eu era muito exigente, mas o que eles realmente sabiam de mim? Parecia às vezes, crise de adolescente.

Eu sou católico e sempre tive algumas convicções em relação a minha vida e uma delas sempre foi o respeito ao casamento. Não sou o maior dos católicos, mas em alguns pontos acredito muito e respeito.

Numa noite de sábado eu e a turma em mais um churrasco. Alguns amigos solteiros e outros amigos com suas namoradas e eu sozinho, mas numa boa, sem neuras! De repente chega um casal desconhecido para a maioria do grupo. Era a irmã e o cunhado de uma nova amiga da turma. Nesse dia disse a uma grande amiga uma frase impublicável em relação aquela linda mulher casada que me chamou muito a atenção.

Eu me espantei com aquilo que disse e minha amiga também. Nunca tinha acontecido isso antes e principalmente pelo fato dela ser casada. Como a cabeça da gente é maluca às vezes e faz com que desabe tudo o que acreditamos. Depois que a vi naquele dia voltei a encontrá-la em várias oportunidades, mas não com o mesmo olhar de desejo daquele dia. Fui ao shopping para um café com a grande amiga de sempre, a Fernanda, outra amiga e lá encontramos novamente essa mulher com sua filha Marina. Era a Rosana! Neste dia vi a Marina pela primeira vez. Um lindo bebê de olhos verdes com cabelos cacheados. Peguei-a no colo nos seus 7 meses ....

Continuei minha vida da mesma forma com namoros, separações, paixões não correspondidas, encontros e desencontros e sabia pouco sobre ela e sua vida. O que ocorreu na verdade nesse tempo foi uma separação e o divórcio dela e depois uma grande paixão por um italiano. Voltamos a nos encontrar algumas vezes com a turma. Eu sozinho e ela com o tal italiano. Até o conheci e ele não gostou de mim, como se sentisse algo no ar, mas de verdade, eu naquele momento e sei que ela também, nenhum de nós, podia imaginar o que viria nos acontecer. Não tínhamos olhos um para o outro. Eu pensava que estava apaixonado (hoje sei que não há o que comparar com o que sinto pela Rosana) e ela estava apaixonada pelo tal e pensando em ir morar na Itália com as 2 filhas.

Num sábado à tarde eu estava trabalhando e ela me ligou da Itália. Após ela me relatar um fato ocorrido num restaurante no topo de uma montanha, cena de cinema, eu disse para ela de pronto que lá não era o lugar dela e que voltasse ao Brasil. Desliguei o telefone e fiquei me perguntando o porque tinha dito isso para ela. E ela voltou ao Brasil.

Fomos num mesmo aniversário e nos falamos, mas de forma superficial. Toda a turma armando uma situação, mas não aconteceu nada e cada um foi embora no seu tempo. Como disse, sou católico e como sou de família portuguesa a devoção a Nossa Senhora de Fátima prá mim é muito forte. No dia 13 de Maio, dia da santa, fui à missa da noite, na verdade fui nas 3 missas do dia. Após a missa fui encontrar a turma e a Rosana num show do Edson Cordeiro, que fazia maior sucesso na época, na Cervejaria dos Monges, local que deixou saudades em Bauru onde pudemos ver muitos shows e que infelizmente não funciona mais. Neste dia 13 de Maio de 2001 aconteceu o primeiro beijo. Assim começou a minha história com a mulher que mudou a minha vida e me mostrou o que é felicidade.


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