segunda-feira, 31 de maio de 2010

31.03.2009 VÔ CHICO

Conheci o Sr. Francisco sentado numa cadeira ao lado do Bar numa tarde de sábado. Com a bengala ao lado, pouco falava. Atento ao que lhe interessava e apesar das esquemias e do Alzeimer manteve sua alegria nos olhos.
Um homem de notório respeito à família, trabalhador e religioso. Bastava chamar um médico ou um padre que logo ele melhorava.
Refrigerante? Guaraná...até acabar o que tinha no copo, seguido de uma careta como se fosse a coisa mais azeda do mundo. Uma graça! Brincava e se comunicava comigo no limite da sua doença.
Suspendia os ombros num gesto de "não tô nem aí" às coisas que não lhe agradavam ouvir.
Tombos? Inúmeros. Um deles eu estava grávida de 6 meses, em casa. O Guto na correida para socorrer o Pai (como sempre o fez prontamente) quebrou o dedinho do pé. Eu e minha sogra D. Gracinda, ao vermos aquele dedinho virado para fora, começamos a gargalhar da situação. Não me perguntem porque, mas foi muito engraçado.
Meu nome para ele? Ovídia! rsrsrsrsrs  E as netas? Uma é Fátima, as outras não sei!
Mas teve a consciência e o prazer de saber que teve netas. Que a família iria prosseguir com seu nome. Que daríamos continuação à sua história. Os Guerra do sr. Chico não iria terminar ali. E não terminou.

Temos na Lorena uma cópia fiel e à chamamos de "Chiquinho" tamanha a semelhança (principalmente de temperamento).
Que ele, de lá de cima, possa nos abençoar e proteger suas netas. E que nós aqui possamos ser motivos de orgulho para ele. Sempre com alegria, respeito ao próximo e trabalho honesto.
Abaixo com Marina no colo.

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