segunda-feira, 31 de maio de 2010

DUAS FAMÍLIAS OPOSTAS

Um sujeito estava colocando flores no túmulo de um parente, quando vê um chinês colocando um prato de arroz na lápide ao lado. Ele se vira para o chinês e pergunta:
- "Desculpe, mas o senhor acha mesmo que o defundo virá comer o arroz?"
E o chinês responde: - " Sim, quando o seu vier cheirar suas flores!".
"RESPEITAR AS OPÇÕES DO OUTRO, EM QUALQUER ASPECTO, É UMA DAS MAIORES VIRTUDES QUE UM SER HUMANO PODE TER. AS PESSOAS SÃO DIFERENTES, AGEM DIFERENTES E PENSAM DIFERENTE. NUNCA JULGUE, APENAS COMPREENDA!"
Como todo casal, viemos de famílias diferentes, de culturas diferentes (meus sogros são portugueses). Mas a diferença que encontrei foi bem grande. A maioria dos valores morais eram iguais. Valores sociais também não houve problema. Meu maior obstáculo e por consequência dificuldade foi humor, alegria, comunicação, conversa, sorriso, festa, movimento, música, enfim, ALEGRIA. Não quero com isto dizer que ser quieto é defeito. Mas é muito diferente do que sou, de onde eu vim e do que eu quero criar para as minhas filhas.
Gosto de ser alegre, de rir, de ver as pessoas alegres. Gosto de conversar, sobre tudo. Gosto de esclarecer sentimentos, ressentimentos. Não gosto de deixar espaço para o vazio, para o nada.
Meu primeiro Ano Novo com o Guto foi digamos, uma tragédia. Eu, Marina, Guto, Sr. Chico e D. Gracinda. Poucas pessoas (o que já dificulta), sem música, sem conversa. Cumprindo tabela. Tínhamos que estar ali socialmente. Não que a companhia deles não fosse agradável, imaginem! (nem poderia dizer isto do meu sogro, que pobrezinho fazia o que podia para mexer consoco).
Mas é algo de raiz, de cultura, algo mais profundo, genético. Uma coisa pesada que vem de dentro, um silêncio assustador para quem vem de fora. Um mar de solidão amedrontador. Beira a tristeza de alma.
Minha família é uma bagunça, um lixo maravilhoso. Cheio de porcarias adoráveis com imensos defeitos absurdos. Brigamos demais! Falamos um para o outro ( e um do outro também) e vamos levando.
Ela já foi bonitinha e organizada, com papai, mamãe e filhinhas. Hoje papai está separado de mamãe, uma separação que derrubou a casa. Das bombásticas e traumáticas para qualquer filho. Mas no passado sempre fomos muito alegres, festeiros, falantes, comunicativos, extrovertidos e unidos. Tipo mexeu comigo, mexeu com todos! E isso ficou em nós. Minha irmã também é assim.

Acredito que o meu sogro também era alegre, não tive a oportunidade de vivenciar um tempo saudável dele, mas segundo o Guto ele era muito espirituoso e brincalhão. Lógico, o Guto tinha que ser parecido com alguém.
O Guto não é espirituoso nem brincalhão, mas é alegre. Um homem muito bem resolvido, assustadoramente resolvido consigo. O que para quem convive se transforma em segurança. Ele me dá muita segurança o que para a minha personalidade é fundamental.
Se sou insegura? E tem mulher segura? Rsrsrsrsrs Não conheço nenhuma!
Mas voltando às diferenças, acredito que o crédito da quebra familiar se deva à isto: da diferença veio a discordância que gerou a separação. De alguns definitiva.
Enfim complexo, porém absolutamente fácil para quem tem alguma base filosófica.
Hoje não convivemos em harmonia com nossas famílias.
Convivemos amistosamente com minha irmã,com minha mãe e minha sogra. Punto e Basta! (rsrsrsrs)
Meu pai... horas bem e próximo, horas some. Igualzinho ao humor dele. Difícil acompanhar a visão dele, não que seja errada, mas difícil para mim.
Minha mãe é uma sombra resistente do que já foi um dia. Uma mulher dinâmica, super ativa, agitada até. Hoje, acamada por opção e desmotivação. Vive as nossas vidas acompanhando nossos dias atribulados pelo telefone. É como se fosse uma vítima de guerra, uma guerra que deixou cicatrizes no corpo.
Quanto à minha sogra não tenho muito a falar. Ela dá o que tem. Uma senhora religiosa, que trabalhou muito durante toda a vida, que veio de uma origem muito simples, inteligente e que merece todo meu respeito.
Minha irmã é doidinha. Tumultua qualquer ambiente. Agitada, alegre, falante, estrovertida. Ajuda no que pode. Exagerada em tudo até no sofrimento. Defeitos? Muitos! Não os mesmos que os meus.

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